quarta-feira, 14 de novembro de 2012

PRATICAR O BEM É O PRINCÍPIO DA FÉ.


Qualquer crença em Deus é positiva quando ela é voltada a prática do bem, da caridade e do amor ao próximo. O contrário é não seguir a lei de Deus, que olha mais os pensamentos do que os atos.
É possível acreditar, por exemplo, que a fé possa ser proveitosa a um homem que, crendo perfeitamente em Deus, pratique atos contrários à caridade?
Por certo haverá mais culpa naqueles que mais têm meios de esclarecimento. Não se pode ser cristão e se comportar como um hipócrita, tendo piedade apenas aparente,
Lembremos que um grande princípio domina a todos: a prática do bem, que é lei superior, condição essencial do nosso futuro.
Foto: Pacífico Medeiros

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O QUE É O ESPIRITISMO?


Pessoas que do Espiritismo apenas têm conhecimento superficial, são levadas naturalmente a fazer certas indagações cuja resposta, sem dúvida, alcançariam por um estudo completo da questão.
Contudo, falta-lhes o tempo e, quase sempre, a necessária vontade para se entregarem a observações perseverantes. Antes de começar, quereriam ao menos saber com o que estarão lidando e se essa coisa merece o trabalho de se ocuparem com ela.
O Espiritismo é ao mesmo tempo ciência experimental e doutrina filosófica. Como ciência prática, tem a sua essência nas relações que podem ser estabelecidas com os Espíritos. Como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações.
Por esta razão, podemos afirmar que Espiritismo não é uma religião, e sim, uma ciência que cuida da natureza, origem e destino dos Espíritos, tanto quanto de suas relações com o mundo corporal.
Na obra de Allan Kardec está a tradução, decodificação desta ciência. O Livro dos Espíritos, por exemplo, mostra a solução de alguns problemas de maior interesse do homem, questões psicológicas, moral e filosóficas, discutidos todos os dias e dos quais, até o presente, nenhuma filosofia apresentou soluções que satisfizessem.
Os outros livros que buscaremos traduzir em nosso trabalho neste blog são ‘O Livro dos Médiuns’, O Evangelho Segundo o Espiritismo’, O Céu e o Inferno’ e A Gênese. Desejamos que todos tenham uma excelente leitura, e que nosso blog seja uma companhia positiva para a vida de cada um.
Obs: As imagens que utilizaremos em cada postagem têm a autoria do fotografo mossoroense Pacífico Medeiros, um verdadeiro revelador de almas.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PRECE DE CÁRITAS (*).

Deus nosso Pai, que tendes poder e bondade, dai força àquele que passa pela provação, dai luz àquele que procura a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade. 
Deus, dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso. 
Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade,
à criança o guia, ao órfão o pai. 
Senhor, que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.
Piedade, meu Deus, para aquele que vos não conhece; esperança para aquele que sofre. Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda à parte a paz, a esperança e a fé.
Deus, um raio de luz, uma centelha do Vosso amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita e todas as lagrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão; um só coração, um só pensamento, subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos. Oh! Poder, Oh! Bondade, Oh! Beleza, Oh! Perfeição, e queremos de algum modo alcançar a Vossa misericórdia.
Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão, dai-nos a simplicidade que fará das nossas almas o espelho onde se deve refletir o Vosso iluminado Espírito. 

Foto: Pacífico Medeiros
(*) A presente prece foi retirada da obra Rayonnements de La Vie Spirituelle (Fulgurações da Vida Espiritual), publicada na Bélgica, e psicografada pelo Espírito de Cáritas, isto é caridade, em 25 de dezembro de 1837. Não se encontra em nenhuma obra de Kardec.

sábado, 27 de outubro de 2012

O HOMEM DE BEM, COM ROSSANDRO KLINJEY.


Somos seres perfectíveis. De acordo com a Lei da justiça, amor e caridade de Deus, tendemos a perfeição. Para isso, não podemos desperdiçar momentos úteis em nossa vida, deixando de fazer o que tem que ser feito, agindo, servindo como um exemplo do bem que todos podemos ser.
Reconhece-se o verdadeiro espírita pela consciência que possui. Quem não tem consciência não tem crise de consciência, dorme bem, não perde noites de sono. O dormir mal fica para os que entendem e preocupam com os problemas, procurando-os resolver. Esses acabam encontrando a palavra de Jesus. Mas é preciso praticá-la, pois só conhecer sem praticar não faz diferença nenhuma em relação a quem não a conhece.
O espírita que busca nossos Centros para curar sua alma caída, quando acha que está curado desaparece. Aquele que permanece é porque está na UTI, buscando na ajuda ao outro a verdadeira razão da existência. Esse é o caminho para sair do mundo de ‘ego’ a qual a maioria de nós se encontra, pautando a vida na virtude.
Perdemos nosso precioso tempo em julgar a vida dos outros. Encontramos inveja, preconceitos e pecados em todo mundo, menos em nós mesmos. Apontamos os erros e as fragilidades do próximo com muita facilidade, mas não procuramos os nossos. Não é a terra que precisa de mudanças, são as pessoas. È por isso que poucas vezes cumprimos a regra básica: ‘Amar Deus sobre todas e ao próximo como a se mesmo’.
Certa vez, conversando com um amigo que já havia feito dois concursos públicos e se preparava para o terceiro, ele disse que daquela vez passaria. Sua justificativa era a de que Deus o ajudaria. Disse a ele que existiam ali duas verdades: a primeira, que ele não tivesse dúvida disso; a segunda, que por ser Deus tão bondoso, ajudaria da mesma forma todos os seus concorrentes.
É preciso que cada um tenha a consciência de que é preciso fazer a sua parte.
Desatar os nós, tirar as pedras dos caminhos, se esforçar para fazer as escolhas certas são tarefas nossas. Fazer o sol nascer todas as manhãs, esta é tarefa de Deus. Não importa se vivemos na bonança ou na escassez, o que não devemos é esquecer que o que não pode faltar é a presença de Deus em nossas mentes, coração e ação.
Enquanto a sociedade viver a ilusão de buscar a perfeição estética ao invés da perfeição moral, continuará a desperdiçar seu tempo no permanente caminho da evolução. Passamos a vida lutando para cuidar e preservar o corpo, esquecendo-se de cuidar da alma. Buscamos perfeição, alegria e prazer em companhias que desejamos, mas não percebemos que não cobramos nem de nós mesmos estes predicados. Sábado à noite nos questionamos sobre o porquê de estarmos sós, mas não enxergamos que se não aguentamos ficar consigo mesmo uma noite, como podemos querer que outro alguém se convença de que somos boa companhia?
Enquanto o homem se omitir, se enganar ou não buscar reconhecer seus limites e defeitos, não reconhecerá a necessidade de melhorar. No seu infinito amor, Deus procura criar condições para que cada um possa expurgar os pontos negativos que possui. Deus pune os filhos que ama, para que estes alcancem com mais rapidez a verdadeira consciência do bem.
Tenham a certeza de que é quando nossa vida entra em retrocesso que ganhamos o entendimento ideal para fazer os ajustes necessários para nossa evolução. E assim é a própria sociedade, que vive hoje momentos de crise familiar, social, política, moral. Uma sociedade em busca da transição, em busca de um mundo regenerado.
Lembremos que não é o mal que a gente não faz que ajuda nesta evolução, e sim o bem que devemos e podemos fazer. O homem de bem é aquele que faz acontecer o bem, servindo de exemplo aos outros na ação, na palavra e no exemplo.
Deus espera de cada um de nós a verdadeira e eficiente contribuição para completar a sua obra: um mundo perfeito, repleto de bondade e virtudes. 
(Minha síntese da palestra desta sexta-feira, na 24ª Semana Espírita de Mossoró)

* Rossandro Klinjey: psicólogo e professor no vizinho estado da Paraíba.
* Foto: Comissão Regional Espírita do Oeste Potiguar – CREOESTE.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

LIVRE ARBÍTRIO E FATALIDADE, COM LOURENÇO BARROS.


Não há nada mais brilhante para nossa evolução do que uma sala de aula. Ainda mais quando nela se ensina o amor ao próximo e a Deus. O espiritismo nos ensina que quando se tem a liberdade de pensar, automaticamente também se tem a liberdade de agir. Sem o livre arbítrio o homem seria uma maquina.
Educar a mente, disciplinar a vontade, reprogramar-se, um dia fará parte dos programas de saúde pública dos governos, pois o pensamento afeta diretamente o estado de saúde de cada um de nós. Pensar de forma otimista e positiva gera bem estar. Quando deste pensamento resulta ações que nos agradam e nos faz sentir bem, geramos um estado benéfico para nosso próprio corpo.
Através das várias fases da vida, a liberdade que temos no querer e no fazer vão mudando de acordo com a evolução de nossas faculdades. Aumentam as responsabilidades sobre nossos atos e também a consciência de seus resultados para nós e para os outros.
Nossas livres decisões nesta vida refletem até certa forma predisposições instintivas que vamos acumulando através das experiências de vida anteriores, conforme o adiantamento atingido pelo espírito. Poderemos, assim, resistir mais ou  menos as vontades terrenas, lembrando sempre, no entanto, de que querer é poder.
A evolução do espírito é condição básica para uma ampla consciência de nossas decisões. Quanto menor, mais chances de não se ter a ideal visão do que seja um ato certo ou errado a se concretizar. Apurar este sentido faz a necessidade que cada um de nós tem em viver as diversas experiências na terra, essas que nós mesmos propomos quando encarnados.
Aquele que aniquila seu pensamento para apenas se ocupar da matéria, faz-se semelhante ao bruto, age de forma inconsciente e fica aberto as ações do mal. Perturbar a própria inteligência faz com que se perca o domínio do pensamento, o que acarreta também perda de liberdade.
Por isto os estágios da reparação requerem a vivência de etapas antagônicas, vidas diversas e opostas, como a de um rico que volta como mendigo. Experiências que apuram o livre pensar e agir de cada ser.
Ações para satisfazer paixões brutas, não podem ser justificadas por estados de embriagues ou parecidos, já que eles são atingidos de forma voluntária, consciente de que acarretam privações e limitações no sentido da razão. Quando se é selvagem, se age pelo instinto, o que não impede de também se utilizar da inteira liberdade da escolha. Como na criança, essa liberdade é aplicada de acordo com suas necessidades, e ela se desenvolve com a inteligência.
Por consequência, tu, que és mais esclarecido do que o selvagem, és também mais responsável do que ele pelo que fazes.
Para a maioria dos espíritos, por falta da necessária evolução, não possuem nem mesmo a liberdade de escolha para sua vida seguinte. Reencarnam compulsoriamente no sentido de viver experiências que possam lhes tirar da obscuridade. Aos que podem escolher o destino a seguir ao encarnar, para sofrer esta ou aquela prova, a fatalidade se encerra neste ponto, pois durante a vida o que vai imperar é o seu livre arbítrio.
No tocante as provas morais e as tentações, o Espírito, conservando o seu livre arbítrio sobre o bem e o mal, é sempre o senhor de ceder ou resistir. A vontade é suprema, tenha ela a influência dos bons ou maus espíritos. A decisão está sempre a disposição de cada um, de forma livre, seja quais os conselhos e entraves que surjam.
Milhões irão desencarnar sem jamais terem ouvido os ensinamentos do espiritismo. Assim, privilegiados que somos, devemos construir para os outros os caminhos para que também eles possam conhecer as possibilidades que temos na correta utilização do livre arbítrio em suas vidas.
(Minha síntese da palestra desta quarta-feira, na 24ª Semana Espírita de Mossoró)

* Lourenço Barros: orador pernambucano e conferencista espírita do Movimento Espírita Brasileiro.
* Foto: Comissão Regional Espírita do Oeste Potiguar – CREOESTE.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

DESAFIOS DA SOCIEDADE MODERNA, COM SANDRA BORBA.


Viver em sociedade é necessidade sem igual, sem a qual não é possível crescer. Nada seriamos sem os outros. Com eles construímos nossa personalidade desde o nascimento e através de todas as fases de nossa vida. A natureza possibilitou o dom da palavra e todas as outras faculdades, exatamente para que o homem possa viver plenamente suas relações sociais.
Deixamos de ser povos localizados para nos tornarmos planetários. Estamos próximos de 1 bilhão de pessoas conectadas na rede mundial. Vidas expostas ao mundo, compartilhando informações como também preocupações, exigindo de todos mais tomadas de decisões.
E assim vamos desenvolvendo nossas faculdades, compartilhando, discordando, progredindo como seres, defendendo nossos valores, ideias e hábitos, e ao mesmo tempo precisando respeitar e compreender os dos outros. Caminho este que nos leva à evolução, e por que não dizer, a felicidade que todos buscam.
Aquele que diz que não suporta o mundo alimenta apenas seu próprio egoísmo, não suportando as divergências, se anula no embate evolutivo.
Apenas os atos fraternos para com o próximo criam os laços do progresso. Com o tempo, o instinto da procura vai se refinando, aumentando as possibilidades de conquistas mais duradouras, relações mais firmes e verdadeiras. Hora de ouvir mais, se colocar no lugar do outro, compreender, perdoar, respeitar direitos e abdicar de liberdades individuais.
Quando as faculdades estão mal preparadas, pouco evoluídas, abrem-se os espaços para as brigas, os confrontos, o domínio de um sobre o outro. Ao invés da humanização, as relações que buscam a imposição de ideias, maneiras e razões, que limitam a evolução natural do próximo, faz germinar a desumanização. Assim o mais forte, informado, o guerreiro, sacerdote, sábio, rei, gestor, manipula a verdade e lidera facilmente a maioria.
Desafios da sociedade moderna como a fome, o desequilíbrio financeiro entre as pessoas, as doenças mal tratadas, o desrespeito aos direitos humanos, a carência de água potável, ganham uma companhia ainda mais perversa: o egoísmo, raiz de todos os demais problemas, incompatível com a justiça, o amor e a caridade.
Não pensar no outro, na sociedade como um todo, faz do homem um ser primitivo, que não evoluiu, que não aprendeu a desenvolver as faculdades a ele concebidas. Ainda mais grave quando se vive em um mercado de consumo impessoal, onde são valorizadas a aparência, a boa imagem visando a evidência do sucesso, da fama. Parecer que tem, parecer que é, através das roupas da moda, dos carros de última geração, do veraneio na praia de Tibau.
No mundo real o grande desafio da sociedade é não ser tão moderna, buscando um freio na desumanização crescente entre as pessoas, grupos, países.
Cada um assumindo sua responsabilidade, tomando iniciativas, atitudes, posturas para se posicionar sem ter que se corromper. Ter a exata consciência da dimensão que o homem possui, com a coragem necessária para se distinguir do padrão comum.
O caminho para melhorarmos o mundo passa pela nossa melhoria. Assumindo a construção da mudança que começa na verdade em nós mesmos. Sendo exemplo, acendendo a luz própria da luta contra o nosso egoísmo enraizado.  
(Minha síntese da palestra desta terça-feira, na 24ª Semana Espírita de Mossoró)

* Sandra Borba: vice-presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Norte, possui larga experiência junto às Mocidades Espíritas, com atuação em nível nacional e internacional, Doutora em Educação, bem como Professora da UFRN.
* Foto: Comissão Regional Espírita do Oeste Potiguar – CREOESTE.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

LAÇOS DE FAMÍLIA, COM MARCEL MARIANO.


A família é o lugar. O amor de pai, de mãe ou de filho é sempre único e abençoado. Mesmo quando chega a velhice, quando a morte não surpreende antes, deve-se entender que ela é parte da vida, necessitando do mesmo afeto, carinho e respeito dos seres aos quais, durante toda a vida, dedicou tais sentimentos.
Velhinho que treme e quebra a louça da nora, merece toda sua compreensão; que devido o aneurisma está em cadeiras de rodas, precisa de ainda mais carinho. Essa relação de amor não pode ser suplantada por interesses mesquinhos e menores.
Hoje, nossas ruas se transformaram em guetos de violência e insegurança. Jovens perambulam em busca de dinheiro e drogas sem limites éticos ou morais. Esta realidade também é devido não terem em casa a consistência das relações amorosas. Muitos vivem sob relações vulneráveis, cheias de sentimentos negativos e vidas tendentes ao isolamento.
Como estão nossos laços de família?
Allan Kardec escreveu que quando o elo familiar se quebra, passa-se a viver em uma sociedade fragilizada, pois a família é um suporte insubstituível. Nas redes sociais os sentimentos são vazios, pois existe a conversa, mas não o relacionamento, o olhar, o sorriso, o improviso, o tremer das mãos... Cria-se relacionamentos virtuais que pouco duram, desencantam, assustam, são incompatíveis com a grandeza do ser humano.
Fica faltando a conquista pela doçura, pela virtude, a maturidade interpessoal. Forma-se a sociedade solitária, sem compromissos sociais, onde se perdem o aprendizado que as relações provocam. Casas onde cada quarto liga-se uma TV ou um notebook, e cada pessoa vive o seu mundo, escuta suas músicas, assiste seus programas preferidos. A TV comanda, enquanto a família se desgasta, e a sociedade se afunda no lodo do egoísmo.
Estamos sós. Época das liberdades morais. Cada um a pensar individualmente, a fazer o que quer, e não o que deve. Casamentos frágeis, imaturos e infantis que não conseguem durar, que fazem os dois encontrar o fracasso, quase sempre por falta de um diálogo a mais. Chega-se hoje ao ponto de se fazer petição por email e receber o divorcio online, procedimento que acaba quase que totalmente as chances de uma bem-vinda reconciliação.
Reina a indiferença e a dispersão. Finais de semana cada um para um lado (Cabeleireira, futebol, games). A cozinha virou self service, cada um come e sai, em horas diversas, sem que nenhum se lembre de agradecer a Deus aquele alimento, pois ninguém está do lado para lembrar.
Precisamos investir mais no ser humano para que a família não se dissolva. Acreditar nos laços de família que se formam a cada dia, sem que percebamos que existe uma grande razão nesta formação. Aproximar mais, criar vínculos, quebrar arestas, fazer força para o bem vencer. Preocupamos-nos com nossos filhos, em qualquer idade, por termos princípios morais a defender, um cuidado natural, contínuo e eterno. É preciso valorizar ainda mais esta relação de amor que está dentro de cada um de nós.
Lembremo-nos que é a base familiar que proporciona e consolida a personalidade dos que amamos, engrandecendo seus espíritos. É a família a joia de nossa vida, e dela se expande o fino, delicado e sublime sentido de nossa existência.
(Minha síntese da palestra desta segunda-feira na 24ª Semana Espírita de Mossoró)

* Marcel Mariano: funcionário público do Estado da Bahia, bacharel em Direito, graduado em História, médium e trabalhador do Núcleo Espírita Francisco de Assis e do Centro Espírita Mansão do Caminho, em Salvador, além de expositor espírita atuante no Brasil e fora dele.
* Foto: Comissão Regional Espírita do Oeste Potiguar – CREOESTE.

domingo, 21 de outubro de 2012

COBERTURA DA 24ª SEMANA ESPÍRITA EM MOSSORÓ.


Estamos hoje reiniciando as postagens de nosso blog informando que iremos cobrir as palestras da 24ª Semana Espírita de Mossoró/RN, que terá início nesta segunda-feira, dia 22, no Hotel Villa Oeste, sempre a partir das 19h30.
A programação, com entrada gratuita, é a seguinte:
22/10 – Laços de Família – Marcel Mariano (BA)
23/10 – Desafios da Sociedade Moderna – Sandra Borba (RN)
24/10 – Livre-arbítrio e Fatalidade – Lourenço Barros (PE)
25/10 – Transição Planetária – Lourenço Barros
26/10 – O Homem de Bem – Rossandro Klinjey (PB)
27/10 – Influência do Espiritismo Para o Progresso – Rossandro Klinjey
No dia 27/10, das 14h30 às 17h30, Seminário ‘Perdão e Autoperdão’, conduzido pelo psicólogo Rossandro Klinjey.

Obs: com esta cobertura, passamos a abrir espaço para informações diversas do movimento espírita. Mas o blog continuará tendo como foco principal os comentários sobre a obra de Allan Kardec. Outra novidade é que em cada postagem teremos a colaboração da arte de Pacífico Medeiros, um dos maiores fotógrafos da alma da nossa geração.

terça-feira, 3 de abril de 2012

DESVIAR DO CAMINHO NATURAL PODE LEVAR AO FRACASSO.


Muitas vezes confundimos os acontecimentos materiais da vida e os atos da vida moral. Se algumas vezes existe fatalidade, é nos acontecimentos materiais cuja causa está fora do nosso controle e são independentes de nossa vontade. Quanto aos atos da vida moral, esses emanam sempre do próprio homem, que sempre tem a liberdade de escolha. Para esses atos, nunca existe fatalidade.
‘Aquele que deseja atravessar um rio a nado sem saber nadar tem grande probabilidade de se afogar; assim é com a maioria dos acontecimentos da vida. Se o homem somente empreendesse coisas compatíveis e de acordo com suas capacidades, quase sempre teria êxito. O que faz com que se perca são seu amor-próprio e sua ambição, que o fazem sair de seu caminho e o induzem a considerar como vocação o desejo de satisfazer certas paixões.
Ele fracassa e é por sua culpa; mas, em vez de admiti-la espontaneamente, prefere acusar sua estrela. Seria melhor ter sido um bom trabalhador e ganho honestamente a vida do que ser um mau poeta e morrer de fome. Haveria lugar para todos, se cada um soubesse se colocar em seu lugar.’
O fracasso na vida, muitas vezes, é o resultado do falso caminho tomado. Um caminho que nada tem a ver com a inteligência ou aptidão que possui. 

domingo, 1 de abril de 2012

COMETER CRIMES É ESCOLHA, NÃO DESTINO.


Pode-se explicar o livre-arbítrio partindo de alguns pontos: a criatura humana não é fatalmente conduzida ao mal; os atos que pratica não estavam antecipadamente determinados; os crimes que comete não resultam de uma sentença do destino.
‘Ele pode, como prova e expiação, escolher uma existência em que terá a sedução para o crime, seja pelo meio em que se encontre ou pelos atos em que tomará parte, mas está constantemente livre para agir ou não. Assim, o livre-arbítrio existe no estado de Espírito, com a escolha da existência e das provas, e no estado corporal, na disposição de ceder ou de resistir aos arrastamentos a que estamos voluntariamente submetidos.
Cabe à educação combater essas más tendências; ela o fará utilmente quando estiver baseada no estudo aprofundado da natureza moral do homem. Pelo conhecimento das leis que regem essa natureza moral será possível modificá-la, como se modifica a inteligência pela instrução, e como a higiene, que preserva a saúde e previne as doenças, modifica o temperamento.’

sábado, 31 de março de 2012

SOFRIMENTOS VOLUNTÁRIOS SÃO INÚTEIS PERANTE DEUS.


‘Os únicos sofrimentos que elevam são os sofrimentos naturais, porque vêm de Deus; os sofrimentos voluntários não servem para nada quando não contribuem para o bem dos outros. Por acaso acreditais que avançam no caminho do progresso os que abreviam sua vida nos rigores sobrehumanos?
Por que não trabalham antes pelo bem de seus semelhantes? Que vistam o indigente; consolem o que chora; trabalhem por aquele que está enfermo; sofram necessidades para o alívio dos infelizes; então, sim, sua vida será útil e agradável a Deus.
Quando os sofrimentos voluntários têm em vista apenas a si mesmo, é egoísmo; quando se sofre pelos outros, é caridade: são estes os preceitos do Cristo.’
Aqueles que se mutilam, enfrentam martírios e suplícios, se submetem a jejuns, exibem-se para provar o domínio e a insensibilidade da dor sobre o corpo, os que cometem o pior dos pecados que é tirar a própria vida, estão sendo inúteis perante Deus. Ele só é sensível aos sentimentos daqueles que lhe elevam a alma. ‘É praticando Sua lei que podereis vos libertar da matéria terrestre, e não violando-a.’

terça-feira, 27 de março de 2012

EXISTE RAZÃO EM TUDO QUE FOI CRIADO POR DEUS.


‘Nada é inútil na natureza; tudo tem seu objetivo, sua finalidade. Nada está vazio, tudo está habitado, a vida está por todos os lugares. Desse modo, durante a longa série de séculos que se escoaram antes da aparição do homem sobre a Terra, durante esses lentos períodos de transição atestados pelas camadas geológicas, antes mesmo da formação dos primeiros seres orgânicos sobre essa massa informe, nesse caos árido onde os elementos estavam desordenados, não havia ausência de vida.
Seres que não possuíam nem necessidades nem sensações físicas como as nossas, nela encontravam refúgio. Deus quis que, até mesmo nesse estado imperfeito, a Terra servisse para alguma coisa.
Quem ousaria dizer que entre esses milhares de mundos que circulam na imensidão universal apenas um, um dos menores, perdido na vastidão, tivesse o privilégio exclusivo de ser povoado? Qual seria a utilidade dos outros? Deus os teria feito apenas para recreação dos nossos olhos? Suposição absurda, incompatível com a sabedoria que emana de todas as Suas obras e inadmissível quando se pensa na existência de todas as que não podemos perceber.
Ninguém contestará que nessa ideia da existência de mundos ainda impróprios à vida material e, entretanto, povoados de seres com vida apropriada ao seu meio, há algo de grandioso e sublime, em que se encontra, talvez, a solução de mais de um problema.’

sábado, 24 de março de 2012

PERISPÍRITO: A LIGAÇÃO DO ESPÍRITO AO CORPO.


‘O Espírito, em união com o corpo, é o ser principal, pois que é o ser que pensa e sobrevive. O corpo não passa de um acessório seu, de um invólucro, uma veste que ele deixa quando usada. Além desse invólucro material, tem o Espírito um segundo, semimaterial, que o liga ao primeiro. Por ocasião da morte, despoja-se deste, porém não do outro, a que damos o nome de Perispírito.
Esse invólucro semimaterial, que tem a forma humana, constitui para o Espírito um corpo fluídico, vaporoso, mas que, pelo fato de nos ser invisível no seu estado normal, não deixa de ter algumas das propriedades da matéria. O Espírito não é, pois, um ponto, uma abstração; é um ser limitado e circunscrito, ao qual só falta ser visível e palpável, para se assemelhar aos seres humanos. Por que, então, não haveria de atuar sobre a matéria? Por ser fluídico o seu corpo?
Mas, onde encontra o homem os seus mais possantes motores, senão entre os mais rarificados fluidos, mesmo entre os que se consideram imponderáveis, como, por exemplo, a eletricidade? Não é exato que a luz, imponderável, exerce ação química sobre a matéria ponderável?
Não conhecemos a natureza íntima do Perispírito, todavia, suponhamo-lo formado de matéria elétrica, ou de outra tão sutil quanto esta, fazendo com que, quando dirigido por uma vontade, teria propriedade idêntica à matéria corporal.’

PARA ONDE VÃO OS ESPÍRITOS APÓS MORTE NA TERRA?


Seja qual for a ideia que dos Espíritos se faça, a crença neles necessariamente se funda na existência de um princípio inteligente fora da matéria. Quando é admitida a existência da alma e sua individualidade após a morte, pelo menos duas coisas devem ser consideradas. 1) Que a sua natureza já não é a mesma da do corpo; 2) Que ela goza da consciência de si mesma, pois é passível de alegrias e sofrimentos, sem o que seria apenas um ser inerte. Mas para onde vai esta alma após a morte? Segundo a crença vulgar, para o céu ou para o inferno. Mas onde ficam?
A ciência já comprovou que a Terra não passa de um grão de areia no grande universo. Milhões de sóis brilham no espaço, constituindo cada um o centro de um turbilhão planetário. A razão recusa a ideia de acreditar que a Terra seria o único planeta povoado de seres racionais nesta imensidão. O que se presume existirem muitos mundos a fornecer também seus contingentes para o mundo das almas.
Assim, ‘Não podendo a doutrina da localização das almas harmonizar-se com os dados da Ciência, outra doutrina mais lógica lhes assina por domínio, não um lugar determinado e circunscrito, mas o espaço universal: formam as almas um mundo invisível, no qual vivem imersas, cercando-nos e acotovelando-nos incessantemente.
Haverá nisso alguma impossibilidade, alguma coisa que repugne à razão? De modo nenhum; tudo, ao contrário, nos afirma que não pode ser de outra maneira.’

quarta-feira, 21 de março de 2012

RESTABELECENDO A VERDADE QUE JESUS ENSINOU.

‘O espiritismo vem realizar, no tempo previsto, as promessas do Cristo; entretanto, não pode fazê-lo sem destruir os abusos. Como Jesus, ele se depara com o orgulho, o egoísmo, a ambição, o fanatismo cego, que, encurralados em suas últimas trincheiras, tentam barrar-lhe o caminho.’
Dificuldade que Jesus também se deparou, como todos são conhecedores. Ele disse: ‘Não acrediteis que minha doutrina se estabeleça pacificamente. Ela trará lutas sangrentas, para as quais o meu nome será o pretexto, porque os homens não terão desejado compreender-me.
E disse mais: ‘Vim lançar fogo sobre a Terra, para limpá-la dos erros e dos preconceitos, assim como se põe fogo em um campo, para destruir as ervas daninhas. E tenho pressa que ele se acenda, para que a depuração seja mais rápida, porque desse conflito a verdade sairá triunfante.
Então, quando o campo estiver preparado, Eu vos enviarei o Consolador, o Espírito de verdade, que irá restabelecer todas as coisas, ou seja, fazer conhecer o verdadeiro sentido das minhas palavras. Todos então virão abrigar-se sob a mesma bandeira: a da caridade, e as coisas serão restabelecidas sobre a Terra, de acordo com a verdade e os princípios que eu vos ensinei.

segunda-feira, 19 de março de 2012

NÃO SE PODE ENSINAR A VIRTUDE.

‘Não se pode ensinar a virtude; ela vem por um dom de Deus para aqueles que a possuem.’ Se é assim, porque não foi concedida a todas as pessoas? Se é um dom de Deus, não traz nenhum mérito para aquele que a possui?
O espiritismo esclarece. ‘Ele diz que aquele que possui a virtude consegue adquiri-la por seus esforços nas sucessivas existências, livrando-se pouco a pouco das suas imperfeições. A ajuda divina é a força com que Deus favorece toda criatura de boa vontade para se livrar do mal e para fazer o bem.’
Some virtudes em tua vida, aqui e agora, nesta que é a existência na qual tens ampla visão, dominas, decides e caminha. Elas se multiplicarão no infinito, pois estarão impregnadas à tua alma seja qual o destino que tu acreditas trilhar após a morte terrena.  

sábado, 17 de março de 2012

ACREDITAR EM VIDA FUTURA FAZ TODA DIFERENÇA NESTA.

‘Pela simples dúvida que possua sobre a vida futura, o homem dirige todos os seus pensamentos para a vida terrena. Incerto quanto ao futuro, consagra-se ao presente; não entrevendo bens mais preciosos que os da Terra, ele é como a criança que não vê nada além dos seus brinquedos, e para obter esses bens o homem faz de tudo.’
É por esta razão que qualquer perda de bens leva o homem a um desgosto profundo, um descontentamento, uma esperança perdida. A vaidade ou o orgulho ferido são, da mesma forma, tormentos que fazem da sua vida uma angustia sem fim, e assim, voluntariamente, ele se entrega a uma verdadeira tortura em todos os instantes.
Ao contrário, a idéia de que existe vida após a morte, dá ao homem uma fé inabalável no futuro, que tem consequências imensas sobre sua moralização, visto que ela muda completamente o ponto de vista sob a qual ele encara a vida terrestre.
‘Para aquele que se coloca na vida espiritual, que é indefinida, a vida corporal não é mais que uma passagem, uma curta estada em um país ingrato. Os problemas e atribulações da vida não são mais que incidentes que ele recebe com paciência. A morte nada tem de assustador, não é mais a porta para o nada, e sim, a entrada de uma morada de felicidade e de paz.’

OS MAUS MELHORAM EM CONTATO COM OS BONS.

‘A União e a afeição que existem entre parentes são o indício da simpatia anterior que os aproximou; assim, costuma-se dizer que uma pessoa não é da família quando o seu caráter, seus gostos e inclinações não têm nenhuma semelhança com os de seus parentes.
Ao se dizer essas palavras, enuncia-se uma verdade maior do que se supõe. Deus permite essas encarnações de espíritos antipáticos ou estranhos nas famílias, com o duplo objetivo de servir de prova para uns, e de meio de adiantamento para outros.
Os maus se melhoram pouco a pouco em contato com os bons e pelos cuidados que deles recebem; seu caráter se abranda, seus hábitos se depuram, as antipatias se desfazem. É assim que se estabelece a fusão entre as diferentes categorias de espíritos, como se estabelece , sobre a Terra, a fusão entre as raças e os povos.’

quarta-feira, 14 de março de 2012

ESTAMOS TODOS PROGREDINDO E SOMANDO APTIDÕES.


‘Todos os homens são submissos às mesmas leis da natureza; todos nascem com a mesma fraqueza, sujeitos às mesmas dores, e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Portanto, Deus não deu a nenhum homem superioridade natural nem pelo nascimento, nem pela morte: todos são iguais diante de Deus.’
Deus criou todos os Espíritos iguais. No entanto, como cada um viveu mais ou menos, adquiriu maior ou menor experiência. A vontade, guiada pelo livre-arbítrio, também faz a diferença no aperfeiçoamento e acumulo de aptidões. Quanto maior conhecimento e aptidões, mais o Espírito desenvolve suas forças físicas e intelectuais.
Na vida em uma sociedade, o que um Espírito não pode ou não sabe o outro faz. É assim que cada um tem o seu papel útil. O Espírito que progrediu não regride, pode até, antes de reencarnar, escolher um corpo mais grosseiro ou uma posição mais precária do que a anterior, mas, com certeza, a nova vida lhe servirá de ensinamento e ajudará a continuar progredindo.
‘Assim, a diversidade das aptidões entre os homens não tem relação com a natureza íntima de sua criação, mas do grau de aperfeiçoamento que tenha alcançado como Espírito, durante as várias encarnações.
Deus, portanto, não criou a desigualdade das faculdades ou aptidões, mas permitiu que Espíritos de diferentes graus de desenvolvimento mantivessem permanente contato, a fim de que os mais avançados pudessem ajudar o progresso dos mais atrasados e também para que os homens, tendo necessidade uns dos outros, praticassem a lei da caridade que deve uni-los.’

quinta-feira, 8 de março de 2012

O CARÁTER É O PATRIMÔNIO ÚNICO DOS ESPÍRITOS.


A maior dúvida de nossa existência está na morte. Tem muita gente que passa a vida com medo de morrer. Nem percebe o tempo grande que perde quando poderia ocupá-lo com atitudes positivas, solidárias e amáveis para com o próximo.
A morte é apenas o fim de um estágio. O que vale mesmo é o estágio. Quando nascemos nesta Terra Deus está nos dando a oportunidade de agir de acordo com os melhores princípios. Coloca-nos armadilhas, facilidades, descaminhos para sermos testados. Também nos impõe dificuldades, tristezas e perdas para que possamos superá-las com saber e resignação.
Para cada oportunidade que Deus nos presenteia, a única coisa que vamos acumulando são os traços de caráter moral. ‘Sendo o Espírito sempre o mesmo nas diversas encarnações, suas manifestações podem ter uma ou outra semelhança, modificadas, entretanto, pelos hábitos de sua nova posição, até que um aperfeiçoamento notável venha mudar completamente seu caráter.’
Além do caráter, nenhum outro bem levamos de uma vida para uma nova vida. Quando mais utilizarmos nossas vidas para aperfeiçoarmos nosso caráter, mais rapidamente atingiremos a perfeita evolução de nosso Espírito. E aí nenhuma dúvida restará em nossas angustiadas almas.

quarta-feira, 7 de março de 2012

O HOMEM TEM A LIBERDADE PARA AGIR.


‘Há pessoas que contestam a eficácia da prece, baseando-se no princípio de que, sendo Deus conhecedor de todas as nossas necessidades, é inútil expô-las a Ele. Acrescentam ainda que nossas súplicas não podem mudar os desígnios de Deus, porquanto tudo no Universo se encadeia por leis eternas.
Há leis naturais e imutáveis que, sem dúvida alguma, Deus não pode anular segundo o capricho de cada um, mas daí a crer que todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, a distância é muito grande.
Se assim fosse, o homem seria apenas um instrumento passivo, sem livre-arbítrio e sem iniciativa. Nessa hipótese, só lhe restaria curvar a cabeça sob a ação dos acontecimentos, sem procurar evitá-los, e não deveria procurar esquivar-se dos perigos.
Deus não lhe deu a razão e a inteligência para que não se servisse delas; a vontade para não querer; a atividade para ficar inativo. Sendo o homem livre para agir em todos os sentidos, seus atos têm, para si e para os outros, consequências subordinadas ao que ele fez ou deixou de fazer.’

terça-feira, 6 de março de 2012

O MUNDO A QUAL A TERRA PERTENCE.


‘Ainda que não se possa fazer uma classificação absoluta dos diversos mundos, pode-se, entretanto, em razão da situação em que se encontram e da sua destinação, e baseando-se nos seus aspectos mais característicos, dividi-los de uma maneira geral da seguinte forma:
Mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiações e de provas, onde o mal domina; mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm que expiar obtêm novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos felizes, onde o bem supera o mal; mundos celestes ou divinos, morada dos espíritos puros, onde o bem reina inteiramente.
A Terra pertence à categoria dos mundos de expiações e de provas, eis por que o homem nela está exposto a tantas misérias.’
A violência, a corrupção, a miséria, as guerras e tantas outras maldades e enfermidades que são vistas e vividas na Terra nada tem de espantoso quando se leva em conta o seu destino e a natureza daqueles que a habitam.
Mas assim como se sai do hospital quando se está curado, ou da prisão quando se cumpriu a pena, o homem deixa a Terra e vai para mundos mais felizes quando está curado das suas enfermidades morais.

COMO SERÁ A MORADA QUE O AGUARDA?


‘A casa do Pai é o Universo; as diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem aos espíritos encarnados locais apropriados ao seu adiantamento.’
De acordo com a situação do espírito, mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais, o meio onde ele se encontra, as sensações que experimenta e as percepções que possui variam ao infinito.
Enquanto uns não se podem afastar do meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos; enquanto certos espíritos culpados ficam vagando nas trevas, os felizes usufruem de uma luz resplandecente e do sublime espetáculo do infinito.
Enfim, enquanto o mau, perseguido pelos remorsos e pelo arrependimento, frequentemente sozinho, sem consolações, separado dos objetos da sua afeição, padece sob a pressão dos sofrimentos morais, o justo, reunido àqueles que ama, desfruta as doçuras de uma inefável felicidade. 

OS CAMINHOS PARA O REINO DOS CÉUS.


Para se preparar um lugar no reino dos céus é preciso abnegação, humildade, caridade em toda a sua perfeita prática e benevolência para todos. Lá não se pergunta o que fomos aqui na terra, qual a posição que ocupamos, mas o bem que fizemos, as lágrimas que enxugamos.
Os homens correm em busca dos bens terrenos, como se pudessem guardá-los para sempre. Ao chegar ao reino dos céus logo se apercebem de que apoderaram apenas de uma sombra, e negligenciaram os únicos bens sólidos e duráveis, os únicos que lhes seriam proveitosos na morada celeste, os únicos que poderiam dar entrada a essa morada.
‘Oh, Jesus, disseste que teu reino não é deste mundo, pois é preciso sofrer para chegar ao céu, e os degraus do trono não nos aproximam dele; são os caminhos mais penosos da vida que nos conduzem a Ele; procuremos, pois, o caminho entre as dificuldades e os espinhos e não entre as flores!’

sexta-feira, 2 de março de 2012

QUAL O VALOR DE UMA PRECE?


A prece é um ato de caridade, um impulso do coração em direção a Deus. Quem cobra por ela, transformar-se em intermediário assalariado, fazendo com que a prece torne-se uma fórmula cujo tamanho fica proporcional ao preço que ela custe.
‘Ora, das duas, uma: ou Deus mede ou não mede suas graças pelo número de palavras. Se forem necessárias muitas palavras, porque dizer poucas, ou quase nenhuma, por aquele que não pode pagar? É uma falta de caridade. Se uma palavra é suficiente, as demais são inúteis; por que então fazer pagar por elas? É uma desonestidade.
Deus não vende os benefícios que concede. Por que, então, aquele que nem mesmo é o distribuidor, que não pode garantir a sua obtenção, faria pagar um pedido que talvez não produza resultado?’
A razão, o bom senso e a lógica dizem que Deus, a perfeição absoluta, não pode delegar a criaturas imperfeitas o direito de estipular preço para a sua justiça. Deus não pode subordinar um ato de clemência, de bondade ou de justiça a uma soma de dinheiro. Do contrário, dele resultaria que, se a soma não é paga ou é insuficiente, a justiça, a bondade e a clemência de Deus seriam suspensas.

CONFIE NOS PROFETAS MORAIS, JAMAIS NOS MATERIALISTAS.


‘Geralmente, atribui-se aos profetas o dom de revelar o futuro; assim sendo, as palavras profecia e predição tornaram-se sinônimas. No sentido evangélico, no entanto, a palavra profeta tem um significado mais amplo, e é aplicada a todo enviado de Deus, com a missão de instruir os homens e de lhes revelar as coisas ocultas e os mistérios da vida espiritual.
Cuidado com os falsos cristos e falsos profetas que se acham, não só entre os homens, mas também entre os desencarnados, atuando através da mediunidade. O apóstolo João nos previne contra eles: “Não acrediteis em todos os espíritos, verificai se são de Deus, porque muitos falsos profetas têm surgido no mundo.”
O espiritismo oferece os meios de experimentá-los, indicando as características pelas quais se reconhecem os bons espíritos, sempre morais e jamais materiais. Lembra-te do que Jesus falou: “Reconhece-se a qualidade da árvore pelos seus frutos, e uma árvore má não pode produzir bons frutos.”
‘Julgam-se os espíritos pela qualidade das suas obras, como uma árvore pela qualidade dos seus frutos.’

quinta-feira, 1 de março de 2012

PEQUENOS PECADOS, GRANDES CONQUISTAS.


Não existe expressão da caridade mais completa do que ‘Amar o próximo como a si mesmo, fazendo aos outros o que deseja que os outros façam por você’.
‘Não pode haver guia mais seguro a esse respeito do que tomar como medida do que se deve fazer aos outros, o mesmo que desejamos para nós. Com que direito se exigirá um bom procedimento dos nossos semelhantes, se não temos para com eles a indulgência, a benevolência e o devotamento?’
Para uma sociedade católica como a nossa, não deveria ser pedir demais que as pessoas se comportassem com o sentimento da comunhão, da justiça e do respeito para com o próximo. Porém, não é exatamente o que identificamos nas relações sociais, profissionais e, até mesmo, familiares.
A individualidade impera, o egoísmo é lei comportamental. Em cada gesto e ato primeiro estão os interesses próprios, mesmo que não sejam os justos e verdadeiros. Para boa parte da população esta é a forma inteligente de viver: pequenos pecados, grandes conquistas. Afinal, nesta vida presenteada por Deus, cada um tem o seu livre-arbítrio.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A REENCARNAÇÃO OPORTUNIZA EVOLUIR E REPARAR ERROS.


‘Deus, sendo soberanamente justo, deve dotar igualmente a todos os seus filhos; é por isso que ele dá a todos um mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de agir; qualquer privilégio seria uma preferência e, qualquer preferência, uma injustiça.’
Mas como fazer para que todos os seus filhos cheguem à evolução plena, ao mesmo nível de capacidade de bons sentimentos e de inteligência? A resposta certa seria através das várias reencarnações, quando é possível cumprir as missões destinadas por Deus, vivendo-as de forma intensa e diversificada.
Com a possibilidade de possuir diversas vidas, não aprende a ser bom e a adquirir conhecimentos para evolução pessoal apenas os seres que assim não desejarem. A reencarnação é uma tarefa imposta por Deus como prova do uso que cada um fará do seu livre-arbítrio.
‘Pelas reencarnações sobre o mesmo globo, quis que os mesmos espíritos se reencontrassem, tivessem oportunidade de reparar seus erros recíprocos. Tendo em vista as suas relações anteriores, Deus quis ainda estabelecer os laços de família sobre uma base espiritual, e apoiar, sobre uma lei natural, os princípios de solidariedade, fraternidade e igualdade.’

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O AMOR FECUNDA OS GERMES LATENTES DO CORAÇÃO.


O amor é de essência divina. Todos nós possuímos, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado. Até o homem mais abjeto, mas vil, mais criminoso tem por um ser, ou por um objeto qualquer, uma afeição viva e ardente, à prova de tudo o que tente diminuí-la, e alcançando proporções sublimes.
Os que demonstram amor apenas a animais, plantas e mesmo objetos materiais, podem ser considerados solitários insociáveis queixando-se da humanidade em geral. Resistem contra o pendor natural da sua alma que procura, à sua volta, a afeição e a simpatia; rebaixam a lei do amor à condição de instinto.
‘Pobres irmãos! É a vossa afeição que vos torna egoístas; vosso amor é restrito a um círculo íntimo de parentes ou de amigos, e todos os outros vos são indiferentes. Pois bem, para praticar a lei do amor tal como Deus quer, é preciso que, gradativamente, passeis a amar todos os vossos irmãos indistintamente.’
A tarefa será longa e difícil, porém, ela se realizará. Deus assim quer, sendo a lei do amor o primeiro e mais importante preceito desta nova doutrina. É ela que deve, um dia, matar o egoísmo sob qualquer forma em que ele se apresente: o egoísmo pessoal, de família, de casta, de nacionalidade.
Por isso, não acredite na dureza e na insensibilidade do coração humano, mesmo a contragosto ele cede ao verdadeiro amor; é um imã ao qual ele não pode resistir. É o contato desse amor que vivifica e fecunda os germes dessa virtude que está em todos os corações em estado latente.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

É SIMPLES O CAMINHO PARA CHEGAR ATÉ CRISTO.


Todos nós sabemos e conhecemos sobre a existência de inúmeras igrejas, visões de religião, divergências de comportamento e de filosofia entre seus líderes e seguidores. Fala-se até que quando se discute religião nunca se chega a um consenso, a uma harmonia, um acordo.
‘O espiritismo é o laço que os unirá um dia, porque mostrará onde está a verdade e onde está o erro. Mas haverá ainda por muito tempo pessoas que o negarão, como negaram a Cristo. Quereis saber a influência de que Espiritos estão as diversas seitas que dividiram entre si o mundo? Julgai-as por suas obras e princípios.
Nunca os bons Espíritos foram os instigadores do mal; nunca aconselharam nem legitimaram o assassinato e a violência; nunca excitaram os ódios dos partidos, nem a sede das riquezas e das honras, nem a avidez dos bens da Terra.
Somente aqueles que são bons, humanos e benevolentes para com todos são seus preferidos e são também os preferidos de Jesus, porque seguem o caminho indicado para chegar até Ele.’ Santo Agostinho.

A CÓLERA FERE A SE PRÓPRIO E AOS QUE O CERCAM.


‘O orgulho faz com que o homem se julgue superior ao que é realmente, e não suporte passar por uma comparação que possa rebaixá-lo; faz também com que se considere de tal forma acima dos seus semelhantes, seja em aptidões, seja em posição social, seja em vantagens pessoais que o menor paralelo o irrita e o fere; e então o que acontece? Ele se entrega à cólera.
Procurai a origem desses acessos de demência passageira, que vos fazem perder o sangue frio e a razão e vos assemelham ao bruto; procurai, e quase sempre achareis o orgulho ferido como base de tudo.’
Nunca ouviram falar que quem levanta a voz perde a razão? Quando faltam argumentos, quando a verdade é ferida, muitos buscam no volume da voz e no destempero emocional ganhar no grito as divergências naturais da vida. Às vezes levantam o troféu da vitória ocasional, desconsiderando o mal que faz a se mesmo e a todos os que os cercam.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A VIDA E A MORTE NA VISÃO DO ESPIRITUALISTA


‘A morte não inspira ao justo nenhum temor, porque, com a fé, tem a certeza do futuro; a esperança lhe faz esperar uma vida melhor, e a caridade que praticou dá-lhe a certeza de que não encontrará no mundo para onde vai nenhum ser do qual deva temer o olhar.
Aquele que é mais ligado à vida material do que à espiritual tem, na Terra, penalidades e prazeres materiais; sua felicidade resume-se à satisfação ilusória de todos os desejos. Sua alma, constantemente preocupada e afetada pelas contingências da vida, permanece numa ansiedade e numa tortura perpétuas. A morte o assusta, por duvidar do seu futuro e acreditar que deixa na Terra todas as suas afeições e esperanças.
Aquele que se eleva acima das necessidades artificiais criadas pelas paixões tem, já aqui na Terra, prazeres desconhecidos ao materialista. A moderação de seus desejos dá ao Espírito calma e serenidade. Feliz pelo bem que faz, não há para ele decepções, e as contrariedades deslizam sobre a alma sem causar nenhuma impressão dolorosa.’

VOCÊ RECLAMA POR NÃO TER TUDO O QUE QUER NESTA VIDA?


Deus não poderia dar ao homem a necessidade de viver sem lhe dar os meios, por isso faz a terra produzir e fornecer o necessário a todos, porque só o necessário é útil. O supérfluo nunca é.
‘A civilização que multiplica as necessidades, também multiplica as fontes de trabalho e os meios de vida. Há lugar ao sol para todos, mas com a condição de cada um ter o seu, e não o dos outros. A natureza não pode ser responsável pelos vícios de organização social nem pelas conseqüências da ambição e do amor-próprio.
Graças aos louváveis esforços que a filantropia e a ciência juntas não param de fazer para o melhoramento da condição material dos homens, e apesar do contínuo aumento das populações, a insuficiência da produção está atenuada em grande parte. Os anos calamitosos hoje nada têm de comparável aos de antigamente.’
Apesar desse avanço, muitos reclamam que não possuem o que desejam, que vivem em privação. ‘O homem que procura nos excessos de toda espécie um requinte de prazeres coloca-se abaixo do animal, porque o animal sabe deter-se na satisfação da sua necessidade. Despreza o homem a razão que Deus lhe deu por guia, e, quanto maiores os excessos, mais domínio exerce sua natureza primitiva sobre a natureza espiritual. As doenças, a decadência, a morte prematura decorrentes dos abusos são a consequência da transgressão da lei divina.’

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

COMO EM GHOST - DO OUTRO LADO DA VIDA


Quando pessoas próximas, queridas ou inocentes morrem, sentimos uma dor difícil de ser superada. A morte é sempre um momento de angustia e sofrimento, de reflexão e tristeza.
O espiritismo explica que no momento da morte, a ligação entre o corpo e o Espírito se desprende mais ou menos lentamente. ‘Nos primeiros instantes, o espírito não entende a sua situação: não acredita estar morto, sente-se vivo, vê seu corpo de um lado, sabe que é seu e não entende por que está separado dele.’ A cena da morte do personagem vivido pelo ator Patrick Swayze, no filme Ghost - do Outro Lado da Vida, retrata com perfeição esta descrição.
Acreditar que existe vida após a morte é com certeza uma possibilidade que ajuda a aliviar a tensão da alma, além de diminuir a angustia dos que aqui ficam. A ciência busca provas e não encontra. A imprensa investiga e não chega a conclusões definitivas. O homem age como São Tomé agiu diante de Cristo: só acredita vendo. Mas esta certeza da pós-vida cada um só terá quando for vivida pessoalmente. Antes, é ter ou não fé, é crê ou não. Simples assim. 

BOAS LEMBRANÇAS É O QUE VALE. OSTENTAÇÃO NÃO.


‘O túmulo é o local de encontro de todos os homens; ali terminam definitivamente todas as distinções humanas. É em vão que o rico tente perpetuar sua memória nos monumentos grandiosos; o tempo os destruirá, como o corpo.’
A lembrança das boas e más ações de um homem é o que vale, e ela será menos duradoura do que seu túmulo. Nenhuma pompa, nenhuma solenidade, por maior ou menor que seja, limpará o espírito de suas torpezas e não o fará subir um só degrau na hierarquia espiritual.
Os monumentos fúnebres são apenas demonstração de orgulho, muitas vezes dos parentes, que desejam glorificar a si mesmos. Nem sempre é pelo morto que se fazem essas demonstrações: é amor-próprio, pelo mundo e para ostentar riqueza.
‘Acreditais que a lembrança de um ser querido seja menos durável no coração do pobre, porque só pode colocar uma flor no túmulo do seu parente? Acreditais que o mármore salva do esquecimento aquele que foi inútil na Terra?’

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O PODER DA PRECE ESTÁ NO PENSAMENTO.


Há quem não se considere bom o bastante para exercer uma boa influência ao rezar por outra pessoa, pensando não ser digno de ser escutado. Reconhecer certa inferioridade é até uma prova de humildade, sempre agradável a Deus, que leva em conta, na verdade, a intenção caridosa que o faz procurar a oração.
O fervor e a confiança em Deus são um primeiro passo no sentido do bem e para o qual os bons espíritos sentem-se felizes em encorajá-lo. A prece que pouco vale é a do orgulhoso que tem fé em seu poder e em seus méritos, acreditando ser capaz de substituir a vontade do Eterno.
‘O poder da prece está no pensamento; não provém das palavras, nem do lugar, nem do momento em que é feita. Pode-se, portanto, orar em qualquer lugar, a qualquer hora, a sós ou junto com outras pessoas.
Muitos oram por dever, alguns, mesmo, pelo hábito, por isso consideram haver cumprido o seu dever ao dizerem uma prece um determinado número de vezes e nesta ou naquela ordem. Deus, porém, lê o íntimo dos corações; vê o pensamento e a sinceridade; acreditar que Ele seja mais sensível à forma do que à essência da prece seria rebaixá-lo.’

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A JUSTIÇA DOS HOMENS E A MISERICÓRDIA DIVINA.


Quando Jesus fala em perdão, não assinala nem indica o caminho da injustiça. Para os que erram, os homens possuem as leis e as penas. O caso da estudante Eloá, mas do que exemplo de violência gratuita e selvageria humana, serve para que nós possamos refletir sobre a quantas andam a justiça dos homens, suas leis e penas.
Em relação à justiça divina, Jesus fala da misericórdia, que ‘consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor demonstram uma alma sem elevação e sem grandeza; o esquecimento das ofensas é próprio das almas elevadas, que estão acima dos males que lhes possam fazer; uma é sempre ansiosa, de uma sensibilidade sombria e cheia de amargura; a outra é calma, plena de mansidão e caridade.
Infeliz daquele que diz ‘eu nunca perdoarei’, porque se não for condenado pelos homens, certamente o será por Deus. Com que direito reclamaria o perdão das próprias faltas se não perdoa as do outro? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz para perdoarmos ao nosso irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete.’

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

EXPERIMENTE ENTENDER A FILOSOFIA ESPÍRITA

Hoje completamos um mês de postagens em nosso blog. Quase mil acessos. Muita gente curtindo. Muitos novos amigos por todo o Brasil.
O desafio inicial foi ultrapassado com louvor, o objetivo principal tem sido alcançado e a adequação da linguagem e formato para esta moderna e eficiente mídia parece não ser problema. Só nos resta continuar cuidando com carinho do conteúdo, da mensagem que o espiritismo nos presenteia com o simples intuito de que possamos ter uma vida mais correta, feliz e, principalmente, solidária e responsável. Experimente entender seus conhecimentos e, sem preconceitos, aplicar em sua vida cotidiana.
Faça de sua vida uma escola. Estude as pessoas e suas ações antes de julgá-las. Reflita melhor sobre a bondade e maldade. Perceba o quanto você, e os homens em geral, ainda carregam enraizados em seus poros, pensamentos e almas os setes pecados: a ira, a gula, a inveja, o orgulho, a avareza, a preguiça e a luxuria.
Estaremos por aqui nos próximos meses, e quem sabe anos, fazendo nossa parte para que você possa conhecer os princípios e fundamentos que fazem da doutrina espírita algo tão especial e dignificante.

BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO MANSOS E PACÍFICOS.

‘Bem-aventurados os que são mansos, porque possuirão a Terra. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus’.
Essas palavras ditas por Jesus e reveladas no Evangelho por Mateus podem não parecer verdadeiras diante da realidade em que vivemos hoje, onde os violentos e mal-intencionados parecem se dar bem em relação aos bons e mansos. Tenham a certeza: só parece.
‘Jesus quis dizer que, até agora, os bens da Terra são monopolizados pelos violentos, em prejuízo dos que são mansos e pacíficos, aos quais, muitas vezes, falta o que lhes é necessário para viver, enquanto que os outros possuem até o supérfluo.
Promete Jesus que a justiça será feita para eles, assim na Terra como no céu, porque eles serão chamados filhos de Deus. Quando a lei do amor e da caridade for a lei da humanidade não haverá mais egoísmo; o fraco e o pacífico não serão mais explorados nem humilhados pelo forte e pelo violento. Esse será o estado da Terra quando, segundo a lei do progresso e a promessa de Jesus, ela houver se transformado em um mundo feliz pela expulsão dos maus.’
Quando será isso? Não importa. Vai demorar? Vamos viver esse momento? Em nosso pensamento egoísta somos levados a pensar que não vale a pena ficar esperando ou agindo para que este momento de justiça e paz chegue ao nosso mundo. Visualizamos até que jamais ele chegará. Repito, não importa quando este momento evolutivo da humanidade predominará. Importa é o que cada um de nós faz hoje para contribuir para que ele exista o mais rapidamente possível. Não inveje os maus e violentos pelo que eles possuem materialmente hoje. E sim, orgulhe-se de ser uma pessoa do bem, faça por onde merecer ser um bem-aventurado e combata com indignação e coragem as atitudes e pensamentos que atrasam a formação de um mundo melhor para todos.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

DOS INSTINTOS AOS SENTIMENTOS. A LEI DO AMOR.


‘O amor resume inteiramente a Doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso alcançado. Na sua origem o homem só tem instintos, mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto mais delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar da palavra, mas o sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre humanas.
Feliz aquele que, indo além da humanidade, ama com um amor generoso os seus irmãos em sofrimento; feliz aquele que ama, porque não conhece nem a angustia da alma, nem a do corpo; seus pés são ligeiros e ele vive como transportado fora de si mesmo.
Aquele em que os instintos dominam está mais perto do ponto de partida do que do objetivo a alcançar. Para avançar em direção ao objetivo é preciso vencer os instintos em proveito dos sentimentos, isto é, aperfeiçoar estes últimos, reprimindo os germes latentes da matéria.
Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; eles trazem consigo o progresso, como a semente que encera em si o carvalho; e os seres menos avançados são aqueles que, se despojando apenas lentamente de seus casulos, permanecem escravos dos instintos.
O Espírito deve ser cultivado assim como a terra, toda a riqueza futura depende do trabalho presente, e mais do que os bens terrestres ele vos dará a gloriosa elevação. É então que, compreendendo a Lei do Amor que une todos os seres, buscareis nela os suaves prazeres da alma que são o prelúdio das alegrias celestes.’