terça-feira, 3 de abril de 2012

DESVIAR DO CAMINHO NATURAL PODE LEVAR AO FRACASSO.


Muitas vezes confundimos os acontecimentos materiais da vida e os atos da vida moral. Se algumas vezes existe fatalidade, é nos acontecimentos materiais cuja causa está fora do nosso controle e são independentes de nossa vontade. Quanto aos atos da vida moral, esses emanam sempre do próprio homem, que sempre tem a liberdade de escolha. Para esses atos, nunca existe fatalidade.
‘Aquele que deseja atravessar um rio a nado sem saber nadar tem grande probabilidade de se afogar; assim é com a maioria dos acontecimentos da vida. Se o homem somente empreendesse coisas compatíveis e de acordo com suas capacidades, quase sempre teria êxito. O que faz com que se perca são seu amor-próprio e sua ambição, que o fazem sair de seu caminho e o induzem a considerar como vocação o desejo de satisfazer certas paixões.
Ele fracassa e é por sua culpa; mas, em vez de admiti-la espontaneamente, prefere acusar sua estrela. Seria melhor ter sido um bom trabalhador e ganho honestamente a vida do que ser um mau poeta e morrer de fome. Haveria lugar para todos, se cada um soubesse se colocar em seu lugar.’
O fracasso na vida, muitas vezes, é o resultado do falso caminho tomado. Um caminho que nada tem a ver com a inteligência ou aptidão que possui. 

domingo, 1 de abril de 2012

COMETER CRIMES É ESCOLHA, NÃO DESTINO.


Pode-se explicar o livre-arbítrio partindo de alguns pontos: a criatura humana não é fatalmente conduzida ao mal; os atos que pratica não estavam antecipadamente determinados; os crimes que comete não resultam de uma sentença do destino.
‘Ele pode, como prova e expiação, escolher uma existência em que terá a sedução para o crime, seja pelo meio em que se encontre ou pelos atos em que tomará parte, mas está constantemente livre para agir ou não. Assim, o livre-arbítrio existe no estado de Espírito, com a escolha da existência e das provas, e no estado corporal, na disposição de ceder ou de resistir aos arrastamentos a que estamos voluntariamente submetidos.
Cabe à educação combater essas más tendências; ela o fará utilmente quando estiver baseada no estudo aprofundado da natureza moral do homem. Pelo conhecimento das leis que regem essa natureza moral será possível modificá-la, como se modifica a inteligência pela instrução, e como a higiene, que preserva a saúde e previne as doenças, modifica o temperamento.’