domingo, 7 de setembro de 2014

A BOA MENSAGEM DEIXA A IDENTIDADE DO ESPÍRITO SECUNDÁRIA.

A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo. É que, com efeito, os Espíritos não nos trazem um ato de notoriedade e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles tomam nomes que nunca lhes pertenceram. Esta, por isso mesmo, é, depois da obsessão, uma das maiores dificuldades do espiritismo prático. Todavia, em muitos casos, a identidade absoluta não passa de questão secundária e sem importância real.
A identidade dos Espíritos das personagens antigas é a mais difícil de se conseguir, tornando-se muitas vezes impossível, pelo que ficamos restritos a uma apreciação moral. Julgam-se os Espíritos, como os homens, pela sua linguagem. Se um Espírito se apresenta com o nome de Fénelon, por exemplo, e diz trivialidades e puerilidades, está claro que não pode ser ele. Porém, se somente diz coisas dignas do caráter de Fénelon e que este não se furtaria a subscrever, há, senão prova material, pelo menos toda probabilidade moral de que seja de fato ele.
Nesse caso, sobretudo, é que a identidade real se torna uma questão acessória. Desde que o Espírito só diz coisas aproveitáveis, pouco importa o nome sob o qual as diga. Lembrando que, sem dúvida, aquele Espírito que tome um nome suposto, ainda que para o bem, não deixa de cometer uma fraude: não pode, portanto, ser um Espírito bom.

Livro: O Livro dos Médiuns. Foto: Pacífico Medeiros

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