As penalidades e os prazeres são
inerentes ao grau de perfeição dos Espíritos; cada um tira de si mesmo o principio
de sua própria felicidade ou infelicidade; e como estão por toda parte, nenhum
lugar localizado nem fechado está destinado a um ou outro. Quanto aos Espíritos
encarnados, eles são mais ou menos felizes ou infelizes conforme o mundo que
habitem seja mais ou menos avançado.
Em vista disso, o inferno e o paraíso
não existem como o homem os representa. Existem Espíritos felizes e infelizes
por toda parte, entretanto, os Espíritos da mesma ordem se reúnem por simpatia,
mas podem se reunir onde quiserem quando são perfeitos.
A localização exata dos lugares de
penalidades e recompensas existe apenas na imaginação do homem e provém da
tendência de materializar e circunscrever as coisas das quais eles não podem
compreender a essência infinita.
Já o purgatório, são dores físicas e
morais, significando o tempo de expiação. É quase sempre na Terra que fazeis
vosso purgatório e onde sois obrigados a expiar vossas faltas. O que o homem
chama de purgatório é igualmente uma figura pela qual se deve entender não como
um lugar qualquer determinado, mas como o estado dos Espíritos imperfeitos, que
estão em expiação até a purificação completa que deve elevá-los ao plano dos
Espíritos bem aventurados. Essa purificação, operando-se nas diversas
encarnações, faz com que o purgatório consista nas provas da vida corporal.
Livro: O Livro dos Espíritos.
Foto: Pacífico Medeiros
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