Os Espíritos formam no espaço grupos ou
famílias unidos pela afeição, pela simpatia e semelhança de inclinações; esses
Espíritos, felizes por estarem juntos, se procuram; a encarnação não os separa
senão momentaneamente, porque, depois da sua reentrada na erraticidade (estado
em que se encontra o Espírito entre duas encarnações), se reencontram como
amigos ao retorno de uma viagem.
Frequentemente mesmo, eles se seguem na
encarnação, onde se reúnem numa mesma família, ou num mesmo círculo,
trabalhando em conjunto para seu mútuo adiantamento. Se uns estão encarnados, e
outros não o estejam, por isso não estão menos unidos pelo pensamento; os que
estão livres velam sobre os que estão cativos; os mais avançados procuram fazer
progredir os retardatários.
Depois de cada existência deram um
passo no caminho da perfeição; cada vez menos ligados à matéria, sua afeição é
mais viva, pelo fato mesmo de ser mais depurada, não é perturbada mais pelo
egoísmo, nem pelas nuvens das paixões. Eles podem, pois, assim percorrer um
número ilimitado de existências corpóreas sem que nenhum atentado sofra a sua
mútua afeição.
Os laços de família não são destruídos
pela reencarnação. Ao contrário, eles são fortalecidos e reapertados.
Livro: O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Foto: Pacífico Medeiros
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